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« das palavras me vesti no agasalho do nada »

e hoje apetece-me escrever, daqueles textos que saem cá de dentro e eu nem sei bem o que estou a dizer. daqueles textos em que agarro o teclado e clico em cada tecla para que saia cá de dentro aquilo que a minha cabeça não está a pensar mas que o meu coração está a sentir. ainda não escolhi o tema, e sinceramente secalhar nem vou escolher, vou apenas ficar a falar, a escrever, a escrever, a escrever, para no fim não dizer nada. falo do diogo? da bruna? das meninas? da expulsão da fanny da casa dos segredos? falo das férias? ou de como me correu o natal? das prendas que recebi? ou das que ficaram por receber? falo do que fiz hoje? de como ambiciono a minha passagem de ano? ou contínuo simplesmente a escrever? sim, deve ser isso, vou continuar a escrever, a dizer nada, ao som desta música, vou escrevendo, e quando paro para pensar o que estou a dizer só me vem uma coisa à cabeça: «merda». mas tu entendes-me? entendes a necessidade de escrever mesmo que não haja nada para dizer? sentes a necessidade de pelo menos um dia deixares o teu coração falar e escrever aquilo que ele te está a ditar? escrever daqueles texto que pouca gente ou ninguém tem paciência para ler. por vezes penso, por exemplo, como é que o grande nicholas sparks teve imaginação para escrever aquela data de livros, ou como todos os outros escritores a tiveram também. uma coisa é garantida o final é sempre, ou maioria das vezes «felizes para sempre», ao contrário da vida real, nós lutamos, ultrapassamos barreiras, lutamos, lutamos cada vez mais e por vezes as coisas não correm bem. é injusto? o facto de lutar-mos e nem sempre conseguimos alcançar aquilo que planeamos para as nossas vidas, arcando ainda com o sentimento de culpa de que poderia ter sido tudo diferente? acho que isso é a vida.

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