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relato de um rapaz

"Certo, eu nunca fui um rapaz perfeito, e pelo meu ponto de vista eu cometi bastantes erros. E todas as vezes que eu perguntava: “Amor, estás bem?” Ela respondia.me: “Sim amor, estou”. Mas eu não entendia o porquê de ela baixar sempre a cabeça para responder a isso. Quando saíamos, ela vivia olhando para o nada, distraída e muito pensativa. E quando estava perto de mim, olhava no mais profundo dos meus olhos. Nenhuma rapariga sentiu por mim o que ela sentiu. Ela enxergava-me com outros olhos, ela queria sempre cuidar de mim. E eu achava-a quase insuportável pelos seus ciúmes chatos, e quando ela vinha para o meu pé então. E o nome disso era cuidado! O tempo foi passando, e era como se ela estivesse cada vez mais distante. E foi aí que eu comecei a ligar-me a ela, claro, foi aí que eu fui percebendo que isso chegava a doer em mim. As coisas começaram a mudar de um jeito tão rápido, e impossível de parar. E eu perguntava-me o que tinha havido com ela, o motivo da estranheza dela dos últimos meses … E eu simplesmente não conseguia enxergar. Aos poucos ela foi deixando de me procurar, desesperei … fiquei louco. Então os meus dias foram dedicados a uma única coisa: fazê-la feliz. E num dia como os outros, eu liguei o computador e ela não estava online, achei estranho porque no final da tarde ela estava sempre ali esperando-me a entrar. Procurei o seu hi5, e ela simplesmente não estava mais lá. Tinha desaparecido, de algum modo tinha ido embora. E eu tentei ligar-lhe, chamava e ela não atendia (…) Deu-me uma tristeza, deu-me raiva, revolta. Somente por ela ter desaparecido assim, por não me procurar, por não me avisar. Deixei o meu orgulho falar mais alto e resolvi que não iria correr atrás dela. E todos os dias eu sentia-me como se tivesse morrido uma parte de mim. Eu ia todos os dias aos lugares que costumávamos ir juntos, e ela não saia da minha cabeça. E o que mais doía, era ver que ela não estava lá, segurando a minha mão, com aquela alegria de quem conhece um amor, sussurrando no meu ouvido o quanto me ama. Eu nunca mais a vi, e eu perguntei a uma amiga dela: "Ela está bem?" ela respondeu: "Tu conhece-la, acho eu." Comecei a pensar em como eu a deixava sozinha, que eu podia ter ligado mais, ter reclamo menos e ter exigido menos dela. Porque hoje, pouco, nem que fosse um pouquinho só dela aqui, me faria o rapaz mais feliz deste mundo. E no nosso mural no meu quarto eu escrevi: "Se me amava, porque é que partiu?" Tantas noites de insónia, tanta solidão. E eu lembro-me como se fosse ontem, ela nos meus braços a pedir-me para aperta-la com força. A minha vida virou em torno disto, e tive que me acostumar. Seguir em frente, é o que fazemos mesmo quando não temos forças. Ninguém sabe o quanto isso doía. Numa noite escura, fui a praia, onde ela mais gostava de ficar, e lembrei o quanto aquela rapariga era importante para mim. Quando cheguei a casa, a minha mãe olhou-me e abaixou a cabeça. Entrei no meu quarto e lá estava escrito no meu mural, abaixo da pergunta que eu fiz: "Eu também precisava de saber que me amavas. Pensei que irias lutar por mim."Como eu pude ser tão idiota ? Porque eu não fui atrás dela ? Isso foi o pior! Até que um amigo me mandou um link que tinha o nome dela. Cliquei ansioso, e era o seu blog. Eu sempre soube que ela tinha um, mas eu nunca me importei em ler. E quando eu comecei a ler página por página, as lágrimas correram pelo meu rosto. Se eu ao menos tivesse prestado atenção em cada detalhe antes, eu não a teria feito sentir-se tão mal. Se ao menos eu tivesse lido como ela se sentia … cada declaração, cada texto que ela me dedicava, e tudo o que ela tinha escrito ali, hoje, fazia algum sentido, e eu passei a entender. E nada que eu pudesse fazer, iria fazer as coisas melhorarem. E hoje eu vi, eu perdi-a"
                                              
                                               diz lá se não é igual db ?
                                                                                                            não é da minha autoria
   

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